sábado, 12 de março de 2011
SEXTO ENCONTRO - Histórico dos grupos e retrospectiva das temáticas
QUINTO DIA DE ENCONTRO - SERRA GAÚCHA
sexta-feira, 11 de março de 2011
POST - EPÍGRAFE
No reino da realidade, por mais bela, feliz e graciosa que ela possa ser, nós nos movemos sempre sob a influência da gravidade, força que precisamos superar incessantemente. Em compensação, no reino dos pensamentos, somos espíritos incorpóreos, sem gravidade e sem necessidade. Por isso não existe felicidade maior na Terra do que aquela que um espírito belo e produtivo encontra em si mesmo nos momentos felizes.
quinta-feira, 10 de março de 2011
QUARTO DIA DE ENCONTRO - "Da rodinha à roldana"
A dramaturgia (textual e visual) e as tecnologias utilizadas nos espetáculos
A primeira parte do encontro contou com a apresentação de trechos em vídeo de espetáculos da companhia PeQuod: Marina, Filme Noir, Peer Gynt e A chegada de Lampião no Inferno, que foram apresentados pelo diretor da companhia Miguel Vellinho, e comentadas pelos paticipantes do encontro.
Em seguida o círculo de discussões foi estabelecido para a abordagem do tema do dia, que foi o uso de tecnologias nos trabalhos das companhias Caixa do Elefante e PeQuod, e os reflexos que essas estabelecem nas constituições dramatúrgicas dos espetáculos. Da discussões seguem em tópicos alguns dos principais pontos abordados:
* O emprego de tecnologias digitais (em especial recursos de vídeo) por parte de algumas companhias podem soar artificiais, desnecessárias, acompanhando mais um desejo de uso da ferramenta tecnológica, em vez de usar o recurso a favor de uma vontade discursiva;
* Foi percebida a necessidade de definir o conceito de tecnologia dentro do teatro de animação. A tecnologia não necessariamente versa acerca de um ferramental exterior ao homem, mas também pode ser entendida como sendo o aprimoramento do conhecimento a partir do conjunto dos termos próprios a uma arte;
* A substituição do termo “novas tecnologias” para apenas “tecnologias” em nossa discussão, uma vez que o primeiro termo se relacionava de maneira muito clara com uma família de recursos percebidos a partir da década de 1980, identificada fortemente com tecnologias digitais. Foi mencionado mais adiante que companhias de teatro de bonecos, por sua dinâmica de trabalho artesanal usualmente absorvia com maior facilidade uma dinâmica de investigação e emprego de métodos de construção e alternativas técnicas, em relação aos grupos dedicados ao que chamamos, em contraponto, de teatro de atores;
* O caráter eminentemente artesanal do teatro tende a fazer com que a entrada de novos recursos tecnológicos, tal como o vídeo, ocorram, em muitas vezes, de modo um tanto desajeitado, no sentido em que o emprego de tais tecnologias parece muitas vezes não se dar em um diálogo eficiente com os demais recursos da cena teatral;
* Por fim foi discutido por todos o quanto se corre o perigo de enveredar pela curiosidade e pelo aperfeiçoamento do dispositivo técnico, sem se dar conta de que nosso objetivo deve ser a cena. A ideia de que “uma boa construção cumpre 90% da manipulação” pode ser adequada a algumas modalidades de teatro de bonecos, mas que, via de regra, as melhores soluções são oferecidas pela lida com o teatro. Assim concluímos que o emprego da tecnologia precisa acompanhar uma vontade expressiva, e que o entendimento de tecnologia não pode se resumir ao emprego de dispositivos exteriores ao homem, mas que também se apresenta em modos de atuação e entendimento dos trabalhos da cena. Entendemos que a tecnologia é um conjunto de conhecimentos usados a serviço e aperfeiçoadas pelo homem.
Frases do dia
“Esse tipo de tecnologia não foi feita pelo fabricante para nós.” - Carlos Alberto Nunes, sobre o fato de que não há disponível no mercado produtos específicos para as necessidades do teatro de animação.
“Teatro de animação tem que ter movimento – físico ou psicológico” - Paulo Balardim
“Quando a história é bem contada, há uma sinergia que faz o público embarcar nela” - Miguel Vellinho
“Escrever para teatro de animação é, em primeira apreciação, reconhecer a potência expressiva do material” - Mario Piragibe
quarta-feira, 9 de março de 2011
TERCEIRO DIA DE ENCONTRO – “Dizer com ele”
terça-feira, 8 de março de 2011
2º DIA DE ENCONTRO
Que nome dar ao que somos?
Em meio a nossa prática pressionada pela necessidade da produção e nossa sofrida e esporádica reflexão acerca dos processos - particulares e globais - com o quais nos deparamos, a terminologia é um problema difícil de ser contornado, embora impossível de ser ignorado. Pode parecer à primeira vista que discorrer sobre emprego de palavras é uma prática pouco eficiente e por demais teorizante, mas a nossa escolha de termos é o que garante o estabelecimento de um vocabulário comum, possibilitando a comunicação entre companhias e profissionais, além de facilitar a definição de conceitos por meio de uma escolha adequada de palavras. Deve-se dizer que a escolha de palavras se reflete obrigatoriamente no entendimento e no emprego dos procedimentos adotados por companhias, artistas, professores e demais interessados em teatro de animação.
No que diz respeito ao processo de formação do profissional de teatro de animação, deparamo-nos hoje em dia em meio a uma quantidade de termos cujas definições e diferenças nos escapam: marionetista, manipulador, animador, ator-manipulador, bonequeiro. O pesquisador norte americano Steve Tillis menciona o termo puppeteer, para evocar aquele tipo de artista dedicado a teatro de bonecos, senhor de todos os aspectos da produção do seu trabalho - dramaturgia, confecção, apresentação e comercializaçã0. Tillis comenta que, dentre as diversas manifestações em teatro de animação de diversas tradições, locais e tempos, essa figura do marionetista tido como artista polivalente nem sempre foi observada. Disso decorre que essa modalidade de artista não se constitui numa imagem tradicional, e que coletivos artísticos organizados a partir de especializações e divisão de tarefas não se constituem num fenômeno legado ao teatro de animação pela modernidade.
Tillis prossegue buscando a partir do inglês, seu idioma, um termo que pudesse dar conta da variedade de competências, ampliada por questões mais recentes, que caracterizam o campo plural e movediço de caracterização do artista dedicado ao teatro de animação. Ao alcançar o termo puppet artist, Tillis não consegue caracterizar o artista envolvido diretamente com a lida da apresentação do boneco, posto que o termo pode ser usado nos diferentes envolvimentos que se pode assumir dentro do processo de constituição da apresentação de animação (dramaturgia, encenação, cenografia, confecção...). Nio entanto, ao procurar um termo que assume a natureza inclusiva e assume a percepção de que a arte do boneco pode ser uma arte coletiva, Tillis amplia a nossa capacidade de entendimento dos modos e processos de formação e constituição do artista dedicado à arte da animação.
Sobre a tradução do termo proposto por Tillis, o que de imediato poderíamos propor seria "artista de teatro de bonecos". No entanto, o modo como se escolhem no Brasil as palavras, indicaria que talvez o termo "artista de animação" fosse mais adequado. Essa escolha é motivada também pelo fato de que Tillis emprega o termo puppet (boneco) para designar todo material passível de ser inserido em um contexto teatral de modo a permitir a impressão de uma vida imaginada. No Brasil estamos percorrendo o caminho de uma divisão terminológica: boneco, objeto, forma animada, figura, silhueta, e assim por diante.
Mas essa já é outra questão...
* TILLIS, Steve. Towards an aesthetics of the puppet: puppetry as a theatrical art. New York: Greenwood Press, 1992.
SOBRE A CAPACITAÇÃO DO ATOR
segunda-feira, 7 de março de 2011
DINÂMICA DO INTERCÂMBIO – ETAPA PORTO ALEGRE
Esta etapa contará com a presença dos seguintes participantes:
CAIXA DO ELEFANTE - Paulo Balardim, Carolina Garcia, Mário de Ballentti, Valquíria Cardoso, Viviana Schames.
PEQUOD - Mário Piragibe, Miguel Vellinho, Liliane Xavier, Marcio Nascimento, Marcos Nicolaiewsky, Carlo alberto Nunes.
No auxílio logístico: Luana Garcia e Gabriela Mallmann
Na receptiva no Vale Arvoredo (Serra Gaúcha): André Marques e Amanda Figueiredo